Neuropsicologia
Escrito
por Marcia Limeira Dourado
Categoria:
Neuropsicologia
A Doença
de Alzheimer é o tipo de demência mais comum entre a população idosa, é
degenerativa e que ainda não há cura, apenas tratamento para retardar a
evolução e tratar os sintomas associados. Desta forma, o portador em fase
inicial apresenta dificuldades cognitivas como perda de memória, desorganização
espaço-temporal, mudança de comportamento, que vão progressivamente levando-o a
dependência de cuidados em tempo integral, motivo pelo qual, a presença de um
cuidador(a) torna-se inevitável. Muitas famílias, por diversos fatores, assumem
o cuidado do doente pelo menos até a fase intermediária. No entanto, há casos
em que a opção mais apropriada para a família é a contratação de uma pessoa
para executar este papel.
De modo geral, esta nomenclatura “Cuidador(a)” tem sido
muito utilizada entre pessoas que convivem ou trabalham com idosos, em
pesquisas, artigos e meios de comunicação em geral. Mas o que é ser um
“cuidador de idoso?” O cuidador não é uma empregada doméstica cuja
responsabilidade é o cuidado do lar, também não necessariamente deve ter uma
formação na área da saúde ou enfermagem, já que alguns pacientes em fase inicial
da doença ainda não necessitam deste tipo de assistência. Sendo assim, não
há ainda um perfil definido para a pessoa que irá exercer esta função,
entretanto sabemos que é fundamental que o cuidador ou cuidadora tenha um olhar
sensível para as dificuldades daquele idoso em questão, atendendo às suas
necessidades físicas e emocionais a fim de lhe proporcionar uma melhor
qualidade de vida.
Primeiramente é importante saber qual o problema de saúde do
idoso, que cuidados ele precisa e como resolvê-los. Os cuidados variam. Vão
desde a higiene pessoal e das roupas, alimentação, controle e administração de
medicação, acompanhamento dos procedimentos médicos, fisioterápicos (se for
necessário), até pequenos passeios ou momentos de lazer dentro de casa. Os
horários devem ser respeitados tanto para a higiene e alimentação quanto para
os remédios. O cuidador(a) contratado é alguém que não possui vínculo de
parentesco familiar, em sua maioria, daí a importância de não se envolver em
questões que não dizem respeito ao cuidado do doente, no entanto, uma relação
amistosa e compreensiva das partes envolvidas, pode minimizar o desgaste
relacional e o stress que a tarefa provoca.
Em se tratando de portador de Doença de Alzheimer, na
fase inicial a demanda é auxiliá-lo em algumas tarefas rotineiras, pois suas
limitações ainda são apenas da parte cognitiva. À medida que a doença evolui, o
portador passa a ter limitações físicas como dificuldade para tomar banho
sozinho, vestir-se adequadamente conforme a variação de temperatura, realizar
tarefas domésticas como fazia antes etc., aumentando a necessidade de uma outra
pessoa para ajudar. Na fase final da doença, a autonomia é quase nenhuma,
tornando-se totalmente dependente do outro. Nesta fase as famílias precisam
decidir entre ter um cuidador para o dia e outro para a noite ou
institucionalizar o doente.
A palavra chave do contexto de um idoso portador de D.A. é a
dependência, física e psíquica, daí a demanda por uma pessoa que faça o que ele
não pode mais realizar sozinho, o autocuidado. Esta tarefa geralmente é
realizada ou coordenada por uma pessoa da família, um membro próximo que
conhece o histórico de vida do idoso e as suas necessidades em termos de
cuidado. Amor, carinho, paciência e respeito são imprescindíveis para que um
cuidador possa atuar positivamente ajudando o portador e a família neste
caminho árduo da Doença de Alzheimer.
Neuropsicologia
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Alzheimer
é uma doença neurológica que afeta o Sistema Nervoso Central devido à progressiva
degeneração dos neurônios, afetando sobremaneira o raciocínio e o comportamento
do portador. A doença é classificada em fases: Inicial, Intermediária e
Avançada ou Terminal. A distinção destas fases é importante, pois é a partir
deste conhecimento que o profissional da saúde poderá adequar o tratamento, bem
como, a intervenção junto aos familiares e cuidadores, considerando as
necessidades do portador.
Fase Inicial: é de difícil
identificação, pois, normalmente, a doença já está instalada e não foi
diagnosticada devido à dificuldade de reconhecimento dos sintomas pelos
familiares e pelo próprio paciente. Inicialmente acredita-se que se refere ao
declínio cognitivo normal da velhice ou um alto nível de estresse quando o
portador não é idoso.
Os sintomas observados na fase inicial apresentam as
seguintes características: perda de memória recente - geralmente lapsos
que não interferem significativamente no cotidiano do indivíduo. Em alguns
casos, o próprio paciente percebe que anda esquecido, mas acredita ser devido à
idade, não dando a devida importância para o fato. Porém, com o tempo, estes
esquecimentos aumentam comprometendo a autonomia na realização de determinadas
tarefas, motivando a procura de ajuda profissional. Normalmente, a iniciativa
de buscar um especialista é tomada por um familiar próximo que percebe a
incoerência em algumas atitudes do portador.
Neste caso, é importante ressaltar que a avaliação de um
profissional poderá ajudar a família a perceber a diferença entre os
esquecimentos oriundos de um processo de envelhecimento normal e o
desenvolvimento de uma demência.
A organização espaço-temporal também passa a ser falha
comprometendo a dinâmica funcional do portador como, por exemplo: esquecer
de pagar as contas, esquecer de se alimentar levando a perda de
peso; os afazeres começam a ficar limitados e com pouca criatividade.
Na primeira fase além do declínio da memória de
fixação, também podem aparecer distúrbios de comportamento, isto é, o paciente
começa a se comportar de maneira diferente do habitual. Veja um exemplo desta
mudança: Um familiar relatou, que sua tia estava estranha, criava intrigas
entre as sobrinhas que iam visitá-la, inventado estórias que uma falou algo da
qual elas não haviam falado. A partir destes fatos, associado à perda da
capacidade de armazenamento de fatos recente, a família buscou orientação
médica, a paciente foi encaminhada a um especialista e este diagnosticou como
sendo um quadro de demência.
O surgimento de uma demência pode ocorrer de maneira lenta ou
de forma abrupta. Neste último caso, o inicio é marcado pelo aparecimento de
sintomas bem definidos como: confusão mental, ou seja, o paciente não reconhece
a si, o outro e nem os lugares; sintomas de agressividade, alucinações e
delírios de perseguição. Esta fase pode ser um indicador do aparecimento da
Doença Alzheimer.
Na fase intermediaria o paciente apresenta mais
claramente os déficits cognitivos, já não sendo mais possível camuflar ou
ignorar a perda de memória. Surgem as dificuldades de linguagem para formulação
de uma frase, o pensamento fica confuso e até as escolhas simples tornam –se
impossíveis de serem realizados pelo portador.
Nesta fase, assim como na primeira os familiares são
acometidos por um estresse muito grande, pois, dentre outros problemas, o
paciente fica repetitivo, por não guardar mais informações. Normalmente ele que
ir embora para sua casa mesmo estando nela; não reconhece mais as pessoas de
suas relações, tornando-se dependente dos outros no que se refere às atitudes
cotidianas e na tomada de decisões, mesmo que seja para coisas simples como que
roupa vai colocar, o que vai comer.
Normalmente o estresse psicológico aumenta nesta fase, pois
apesar do paciente se encontrar impossibilitado de realizar autonomamente
muitas tarefas, este não reconhece sua dificuldade, entrando, muitas vezes, em
conflito com os familiares. O portador não reconhece que as atitudes dos
familiares são para preservar sua integridade. E é comum o idoso apresentar
atitude agressiva quando se sente contrariado.
Nos casos em que a Doença se apresenta lentamente, ocorrem
estados de lucidez no paciente reforçando a idéia de que ele está sadio. Para
os familiares esta oscilação entre momentos de lucidez e de confusão mental
traz confusão e sofrimento, principalmente, para os que não estão diretamente
ligados ao paciente.
Na terceira fase, o paciente perde toda sua capacidade
funcional, pois os comandos cerebrais já foram destruídos, levando-o a
dependência total, ou seja, o paciente não consegue andar, falar. A deglutição
também é afetada e a funcionalidade motora apresenta uma rigidez em que ele se
mantém em estado de alerta (consciente), mas não apresenta mais a lucidez
necessária para realização das tarefas. O portador depende totalmente dos
cuidadores, desde o banho até a avaliação da temperatura ambiente (frio ou
calor) e a necessidade de agasalhá-lo. Nesta fase, alguns pacientes, precisam
do auxilio de sonda para se alimentar, visto que, mesmo fazendo o processo de
engolir corretamente, muitas vezes este alimento acaba indo para o pulmão,
ocasionando em internações por broncopneumonia.
O cuidado nesta fase é maior em relação ao seu estado
fisiológico, devido à debilidade orgânica, sendo comum o surgimento de infecção
urinaria, principalmente por causa do uso freqüente de fraldas; As escaras
também são freqüentes devido ao aspecto circulatório deficiente do paciente e a
compressão da pele do paciente que nesta fase permanece mais sentado ou
deitado.
É importante que os familiares conheçam as características da
doença, bem como, sua sintomatologia. Além disso, a união familiar, o suporte
profissional especializado e o apoio social, através de grupos de apoio, serão
úteis para melhorar o cuidado com o portador, aliviar o sentimento de culpa e
ter a orientação necessária nos momentos de decisão e mudanças.
Fonte: http://artigos.psicologado.com/neuropsicologia/alzheimer-e-as-fases-da-doenca#ixzz2DyMrGlbG
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A Doença
de Alzheimer (D.A.) tem sua maior incidência em pessoas acima dos 65 anos de
idade e, com o impacto do diagnóstico, as famílias se deparam com questões que
abalam a auto-estima, a segurança e a esperança. Além de recursos médicos para
o diagnóstico e tratamento da D. A., a família precisará contar com pessoas da
comunidade para ajudar o portador num momento de dificuldade.
Na fase inicial da doença, o portador ainda possui autonomia
para sair só, mas em algum momento ele irá perder a referência mesmo de ruas
antes muito conhecidas, por isso é necessário que a notícia ultrapasse as
barreiras de casa para que o porteiro, o carteiro ou mesmo o dono da banca de
jornal possa auxiliar o portador a retornar à sua casa no caso dele se perder.
Esta expansão para além do núcleo familiar diminui a solidão e o isolamento,
podendo oferecer subsídios para o enfrentamento durante o processo de
desenvolvimento da doença. Muitas famílias identificam o paciente com seus
dados pessoais e o diagnóstico (roupas, objetos pessoais), para que ele possa
receber ajuda em caso de necessidade.
Com a evolução da doença, os pacientes correm mais riscos ao
saírem sozinhos, motivo pelo qual permanecem mais tempo em casa. O espaço
íntimo que antes oferecia segurança, agora necessita de modificações
estruturais como grades nas janelas, retiradas das chaves das portas e portões,
corrimão nas escadas, medidas que auxiliem na prevenção de possíveis acidentes.
Analisando as relações familiares, observamos que todos os
membros da família são afetados pela D.A., por mais distantes que estejam geograficamente,
devido a enorme demanda de reestruturação e cuidado que o portador despende ao
longo do desenvolvimento da doença. O cuidador, muitas vezes, tem que lidar com
o medo, a insegurança, a intromissão e a rejeição vinda de outros membros da
família que, de uma forma ou de outra estão envolvidos com o portador. O
relacionamento conjugal entra em desequilíbrio. A relação com os filhos e netos
fica mais vulnerável a discussões.
A impaciência e a intolerância diante de atitudes incoerentes
do doente são algumas das dificuldades mais comuns que observamos na dinâmica
destas famílias. Quando o doente é um dos cônjuges, o outro geralmente se
encontra na terceira idade também, neste caso a situação é mais complexa, pois
o cuidador terá que lidar com seu próprio envelhecimento, muitas vezes,
antecipando o adoecimento e a dependência devido o stress. Entre o casal,
questões mal resolvidas ressurgem nos momentos de conflito e desapontamento.
Ressentimentos, frustrações e sentimento de culpa que não foram elaboradas no
passado passam a ocupar um lugar no presente, porém, o doente não terá mais
recursos para resgatar estes momentos, ao contrário, ele necessitará de atenção
e cuidado e estes sentimentos precisarão encontrar outro espaço para a
expressão.
Entre os filhos, os primeiros impasses consistem na decisão
sobre institucionalizar o doente ou mantê-lo em casa e quem irá se
responsabilizar pelos cuidados. Em relação à internação, há uma crença de que
ao fazê-lo, alguns filhos acham que estarão abandonando ou mesmo punindo o
doente. Porém, mesmo optando por colocá-lo numa clínica especializada, estes
precisarão de supervisão e cuidado. Em muitos casos, é necessária a presença de
um cuidador particular para viabilizar maior atenção aos sintomas associados ao
D.A. Por outro lado, mantê-lo em casa, demanda que um dos filhos assuma o
cuidado e, com as complicações que a doença acarreta, o cuidador entra em
conflito com os irmãos por não suportar o cansaço e o sofrimento.
Questionamentos sobre a expectativa de vida, medo de desenvolver a doença, são
as preocupações mais freqüentes que notamos no relato dos familiares. A
angústia ao sentir a perda do ente querido a cada dia mobiliza sentimentos
intensos que, se não compartilhados, podem levar o cuidador ao adoecimento. Outra
questão que percebemos no discurso dos cuidadores é sobre a inversão de papeis.
Sabemos que num certo momento o portador de D.A. estará totalmente dependente
dos cuidados de outra pessoa. Aquele que um dia foi provedor, o cuidador dos
filhos, agora necessita de cuidados.
Na Doença de Alzheimer, também acompanhamos cuidadores e
familiares que conseguem se reestruturar após o impacto do diagnóstico. Desta
forma, com o alívio da angústia, transformam o convívio com a doença em
aprendizado e uma última chance de aproveitarem cada momento com o portador.
Esta mudança reflete também nas relações familiares favorecendo a compreensão e
participação dos demais membros. Nos grupos de apoio, os participantes
compartilham, aprendem e discutem situações que lhe acarretaram angústia e
sofrimento. Acreditamos que é esta a força que une e potencializa os recursos
de cada participante, na incessante luta com a complexidade da Doença de
Alzheimer.
Fonte: http://artigos.psicologado.com/neuropsicologia/a-doenca-de-alzheimer-o-cuidador-e-as-relacoes-familiares-aspectos-sociais-e-emocionais#ixzz2DyMzYVv5
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A Doença
de Alzheimer é o tipo de demência mais comum entre a população idosa, é
degenerativa e que ainda não há cura, apenas tratamento para retardar a
evolução e tratar os sintomas associados. Desta forma, o portador em fase
inicial apresenta dificuldades cognitivas como perda de memória, desorganização
espaço-temporal, mudança de comportamento, que vão progressivamente levando-o a
dependência de cuidados em tempo integral, motivo pelo qual, a presença de um
cuidador(a) torna-se inevitável. Muitas famílias, por diversos fatores, assumem
o cuidado do doente pelo menos até a fase intermediária. No entanto, há casos
em que a opção mais apropriada para a família é a contratação de uma pessoa
para executar este papel.
De modo geral, esta nomenclatura “Cuidador(a)” tem sido
muito utilizada entre pessoas que convivem ou trabalham com idosos, em
pesquisas, artigos e meios de comunicação em geral. Mas o que é ser um
“cuidador de idoso?” O cuidador não é uma empregada doméstica cuja
responsabilidade é o cuidado do lar, também não necessariamente deve ter uma
formação na área da saúde ou enfermagem, já que alguns pacientes em fase
inicial da doença ainda não necessitam deste tipo de assistência. Sendo assim, não
há ainda um perfil definido para a pessoa que irá exercer esta função,
entretanto sabemos que é fundamental que o cuidador ou cuidadora tenha um olhar
sensível para as dificuldades daquele idoso em questão, atendendo às suas
necessidades físicas e emocionais a fim de lhe proporcionar uma melhor
qualidade de vida.
Primeiramente é importante saber qual o problema de saúde do
idoso, que cuidados ele precisa e como resolvê-los. Os cuidados variam. Vão
desde a higiene pessoal e das roupas, alimentação, controle e administração de
medicação, acompanhamento dos procedimentos médicos, fisioterápicos (se for
necessário), até pequenos passeios ou momentos de lazer dentro de casa. Os
horários devem ser respeitados tanto para a higiene e alimentação quanto para
os remédios. O cuidador(a) contratado é alguém que não possui vínculo de
parentesco familiar, em sua maioria, daí a importância de não se envolver em
questões que não dizem respeito ao cuidado do doente, no entanto, uma relação
amistosa e compreensiva das partes envolvidas, pode minimizar o desgaste
relacional e o stress que a tarefa provoca.
Em se tratando de portador de Doença de Alzheimer, na
fase inicial a demanda é auxiliá-lo em algumas tarefas rotineiras, pois suas
limitações ainda são apenas da parte cognitiva. À medida que a doença evolui, o
portador passa a ter limitações físicas como dificuldade para tomar banho
sozinho, vestir-se adequadamente conforme a variação de temperatura, realizar
tarefas domésticas como fazia antes etc., aumentando a necessidade de uma outra
pessoa para ajudar. Na fase final da doença, a autonomia é quase nenhuma,
tornando-se totalmente dependente do outro. Nesta fase as famílias precisam
decidir entre ter um cuidador para o dia e outro para a noite ou
institucionalizar o doente.
A palavra chave do contexto de um idoso portador de D.A. é a
dependência, física e psíquica, daí a demanda por uma pessoa que faça o que ele
não pode mais realizar sozinho, o autocuidado. Esta tarefa geralmente é
realizada ou coordenada por uma pessoa da família, um membro próximo que
conhece o histórico de vida do idoso e as suas necessidades em termos de
cuidado. Amor, carinho, paciência e respeito são imprescindíveis para que um
cuidador possa atuar positivamente ajudando o portador e a família neste
caminho árduo da Doença de Alzheimer.
Fonte: http://artigos.psicologado.com/neuropsicologia/o-papel-do-cuidador-contratado-para-portadores-de-doenca-de-alzheimer#ixzz2DyN7UohS
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