sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

PSICANALISANDO > O AMOR PATOLÓGICO

PSICANALISANDO > O AMOR PATOLÓGICO


Você sabe o que significa o amor patológico?

O Filme "Atração Fatal" que fêz muito sucesso há tempos atras e até hoje é visto e comentado, exemplifica um pouco o que é amar obsessivamente, ou patologicamente.
Claro que o filme expressa um nível super elevado de amor patológico, ele vai a extremos. Mas para se amar de forma patológica, apenas um pouco daquilo que o filme exemplifica é necessário.
Talvez, no seu próprio círculo de amizades, você conheça casos assim, em que a pessoa ama louca e freneticamente, sem se importar se o objeto de seu amor tem a mínima intenção em corresponder aquele sentimento.
O mais interessante, é que quem ama patologicamente, não consegue sair daquilo e nem enxergar a realidade. É como se ela ficasse cega e estatizada no momento em que nutriu a esperança.
Algumas vezes ela se apaixonou e foi correspondida. Porém a outra pessoa, por não amar suficientemente ou com a mesma intensidade, ou por diversas circunstâncias, resolve sair da relação e o amante patológico jamais aceita este fato, dedicando então a sua vida inteira reconquistar aquele amor de forma obcecada.
O mais interessante é que pessoas que amam desta forma, normalmente vêem isto como um grande feito! Elas se orgulham de amar a tanto tempo a mesma pessoa e ainda se ufanam de que o outro não sabe mesmo o que está perdendo, pois elas sim..amam com qualidade.
Acontece que este tipo de amor, é tudo, menos amor.
"O amor não se exaspera, não se conduz incovenientemente, não busca seus próprios interesses".
Mas o que acontece dentro da pessoa portadora do amor patológico?
Em primeiro lugar, ela sente apego a uma sensação que em determinado momento foi causada pelo objeto de seu amor. Mas na verdade esta sensação é o reflexo da própria carência afetiva supostamente preenchida pelo objeto de seu amor.
Não é ao outro que ela ama, mas sim ao símbolo que o outro representa para ela. O outro passa a ser o retrato de sua própria necessidade.
Algumas pessoas que portam o amor obsessivo ou patológico, revelam (com orgulho) que passarão a vida inteira se preciso for a espera de que o objeto de seu "amor" ceda ao seu encanto. Na maioria das vezes, o "objeto do amor"  já construiu sua vida bem longe do arraial da possibilidade do amante obsessivo. Alguns casaram, tiveram filhos, mudaram de país... e mesmo assim o obsessivo nutre a sua ilusória esperança.
O amor obsessivo jamais deve ser confundido com o amor incondicional ( leia aqui no site sobre o amor incondicional ). O amor incondicional parte da possibilidade e da decisão, enquanto o amor obsessivo, parte da impossibilidade e da ilusão.
Outra característica do amante obsessivo, é que sua vida fica estagnada no intento da conquista do objeto de seu amor. Todos os seus pensamentos, decisões, resoluções, sonhos e objetivos tem um único nome: "objeto do amor obsessivo".
As suas esperanças são nutridas por "viagens" que a mente proporciona. Seja um olhar, uma palavra mais atenciosa, e algumas vezes até mesmo um comentário ofensivo, gera no obsessivo a nova ilusão de que aquilo significa amor da parte do outro isto vira um ciclo infindável que se retro-alimenta de sua própria doença.
O amante obsesivo não ama ao outro, mas ama ao sentimento que o outro desperta nele.
Bem, até aqui eu falei do amante obsessivo que ama a impossibilidade. Ama platonicamente o objeto de seu amor. Mas e quando o objeto de seu amor corresponde este amor? há cura? o amor deixa de ser obsessivo?
Bem, na maioria dos casos não, e havendo correspondência, esta relação passará a ser o "inferno na terra" para este casal.
O obsessivo passa a respirar o ar que o outro respira. Não desenvolve vida própria, não tem seus próprios sonhos, mas sonha os sonhos do outro. Não desenvolve suas próprias relações, não cresce intelectualmente, pois não sobra tempo para isto, precisa estar atento e alerta a vida do outro e dar conta de cada passo.
Vive como se o outro fosse sua propriedade e não aceita que o outro desenvolva nenhuma atividade que fuja ao seu controle total e absoluto.
Os delírios de ciúmes nestes casos também são comuns. Alguns chegam a construirem em suas mentes estórias completas de traição e infidelidade do seu parceiro de forma infundada.
Claro que este tipo de amor e relação não sobrevive muito tempo. E até porque não sobrevive, gera no amante obsessivo, mais doença e insegurança, o que o fará amar cada vez mais patologicamente e o adoecerá ainda mais.
Se você vivencia uma situação de amor patológico, seja com você mesmo ou com a alguém próximo, procure ajuda terapêutica e liberte-se disto o quanto antes para amar com qualidade.
O amor é o melhor sentimento que alguém pode experimentar. Mas o amor saudável e verdadeiro é precedido de equilíbrio, verdade e pacificação.

Algumas características do amor patológico:

1. Você costuma sentir angústia, taquicardia ou suor quando seu(sua)
parceiro(a) se distancia (mesmo afetivamente) ou quando vocês
estão brigados?
2. Costuma se preocupar de maneira excessiva com a vida do(a)
seu(sua) parceiro(a)?
3. Você não consegue diminuir a atenção e o cuidado que presta
ao(a) seu(sua) parceiro(a)?
4. Gasta muito tempo para controlar as atividades do(a) parceiro(a),
em ações, como ligar para ver onde ele(a) está?
5. Você já deixou de fazer coisas de que gostava devido ao relacionamento?
6. Se o relacionamento traz problemas para sua vida pessoal ou
familiar, mesmo assim você o mantém?

Caso positivo, busque ajuda e ame de forma saudável e equilibrada.

Credito:http://www.anadaraujo.com.br/detalheconteudo.asp?idconteudo=16

PSICANALISANDO > SÍNDROME DO PÂNICO - NÃO É FRESCURA!

PSICANALISANDO > SÍNDROME DO PÂNICO - NÃO É FRESCURA!


"Síndrome do Pânico” está intrinsecamente ligada a insegurança. Na realidade, trata-se de uma Fobia de Impotência Existencial, e que é chamada de síndrome apenas porque é externamente e internamente deflagrada por um conjunto de agentes combinados; daí ser uma síndrome." (Caio Fábio)



O Distúrbio do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens na faixa etária dos 20 aos 40 anos e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.
Os portadores de Pânico costumam ter tendência a preocupação excessiva com problemas do cotidiano, têm um bom nível de criatividade, excessiva necessidade de estar no controle da situação, têm expectativas altas, pensamento rígido, são competentes e confiáveis. Freqüentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas necessidades físicas.
Psicologicamente eles costumam reprimir alguns ou todos sentimentos negativos, sendo os mais comuns o orgulho, a irritação e, principalmente, seus conflitos íntimos.
Essa maneira da pessoa ser acaba por predispor a situações de stress acentuado e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o aparecimento do Pânico.
Depois das primeiras crises de Pânico, durante muito tempo os pacientes se recusam aceitar tratar-se de um transtorno psicoemocional. Normalmente costumam ser pessoas que não se vêem sensíveis aos problemas da emoção, julgam-se perfeitamente controladas, dizem que já passaram por momentos de vida mais difíceis sem que nada lhes acontecesse, enfim, são pessoas que até então subestimavam aqueles que sofriam problemas psíquicos.
Os ataques de pânico são recorrentes (voltam) e caracterizam essencialmente este distúrbio. Essas crises se manifestam por ansiedade aguda e intensa, extremo desconforto, sintomas vegetativos (veja a lista) associados e medo de algo ruim acontecer de repente, como por exemplo da morte iminente, de passar mal, desmaiar, perder o controle, etc. As crises de ansiedade no Pânico duram minutos e costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais, podendo surpreender o paciente em ocasiões variadas. Não obstante, existem alguns pacientes que desenvolvem o episódio de pânico diante de determinadas situações pré-conhecidas, como por exemplo, dirigindo automóveis, diante de grande multidão, dentro de bancos, etc. Neste caso dizemos que o Distúrbio do Pânico é acompanhado de Agorafobia.
Uma vez que os Ataques de Pânico ocorrem em diversos quadros de Ansiedade, o texto e o conjunto de critérios para um Ataque de Pânico são oferecidos separadamente nesta seção.
A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 de 13 sintomas físicos citados abaixo.
O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente e um anseio por escapar. Os 13 sintomas físicos são os seguintes:
1 - palpitações,
2 - sudorese,
3 - tremores ou abalos,
4 - sensações de falta de ar ou sufocamento,
5 - sensação de asfixia,
6 - dor ou desconforto torácico,
7 - náusea ou desconforto abdominal,
8 - tontura ou vertigem,
9 - sensação de não ser ela(e) mesma(o),
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer",
11 - medo de morrer,
12 - formigamentos e
13 - calafrios ou ondas de calor.
Os ataques que satisfazem todos os demais critérios mas têm menos de 4 sintomas físicos são chamados de ataques com sintomas limitados.
Os indivíduos que buscam os cuidados médicos para Ataques de Pânico inesperados geralmente descrevem o medo como intenso e relatam que achavam que estavam prestes a morrer, perder o controle, ter um ataque cardíaco ou acidente vascular encefálico ou "enlouquecer". Eles também citam, geralmente, um desejo urgente de fugir de onde quer que o ataque esteja ocorrendo.
A falta de ar é um sintoma comum nos Ataques de Pânico. O rubor facial é comum em Ataques de Pânico ligados a situações relacionadas à ansiedade social e de desempenho. A ansiedade característica de um Ataque de Pânico pode ser diferenciada da ansiedade generalizada por sua natureza intermitente (em crises) enquanto na ansiedade generalizada a ansiedade não é em crises mas continuada e a gravidade geralmente é maior nas crises de pânico que na ansiedade generalizada.
Os Ataques de Pânico podem ocorrer em uma variedade de Transtornos de Ansiedade, tais como:
1 - Transtorno de Ansiedade,
2 - Fobia Social,
3 - Fobia Específica,
4 - Transtorno de Estresse Pós-Traumático,
5 - Transtorno de Estresse Agudo.

Na determinação da importância diagnóstica diferencial de um Ataque de Pânico, é crucial considerar o contexto no qual ocorre o Ataque de Pânico. Existem três tipos característicos de Ataques de Pânico, com diferentes relacionamentos entre o início do ataque e a presença ou ausência de ativadores situacionais:

1 - Ataques de Pânico Inesperados (não evocados), nos quais o início do Ataque de Pânico não está associado com um ativador situacional (isto é, ocorre espontaneamente, "vindo do nada");

2 - Ataques de Pânico Ligados a Situações (evocados), nos quais o Ataque de Pânico ocorre, quase que invariavelmente, logo após à exposição ou antecipação a um evocador ou ativador situacional (por ex., ver uma cobra ou um cão sempre ativa um Ataque de Pânico imediato);

3 - Ataques de Pânico Predispostos pela Situação, que tendem mais a ocorrer na exposição ao evocador ou ativador situacional, mas não estão invariavelmente associados ao evocador e não ocorrem necessariamente após a exposição (por ex., os ataques tendem mais a ocorrer quando o indivíduo está dirigindo, mas existem momentos em que a pessoa dirige e não tem um Ataque de Pânico ou momentos em que o Ataque de Pânico ocorre após dirigir por meia hora).

A importância dessa classificação quanto ao surgimento do ataque prende-se ao conhecimento de que:

a - A ocorrência de Ataques de Pânico inesperados é um requisito para o diagnóstico de Transtorno de Pânico (com ou sem Agorafobia).
b - Ataques de Pânico ligados a situações são mais característicos da Fobia Social e Fobia Específica.
c - Os Ataques de Pânico predispostos por situações são especialmente freqüentes no Transtorno de Pânico, mas às vezes podem ocorrer na Fobia Específica ou Fobia Social.

O diagnóstico diferencial de Ataques de Pânico é complicado pelo fato de nem sempre existir um relacionamento exclusivo entre o diagnóstico e o tipo de Ataque de Pânico. Por exemplo, embora o Transtorno de Pânico por definição exija que pelo menos alguns dos Ataques de Pânico sejam inesperados, os indivíduos com Transtorno de Pânico muitas vezes relatam ataques ligados a situações, particularmente no curso mais tardio do transtorno. As questões diagnósticas para casos limítrofes são discutidas nas seções "Diagnóstico Diferencial" dos textos para os transtornos nos quais podem aparecer Ataques de Pânico.

Normalmente, depois do primeiro ataque as pessoas com Pânico experimentam importante ansiedade e medo de vir a apresentar um segundo episódio. Trata-se de extrema insegurança e por muito tempo essas pessoas continuam achando que sofrem do coração ou, quando se tenta afastar essa possibilidade mediante uma série de exames cardiológicos negativos, pensam ser eminente um derrame cerebral.
A ansiedade é tanta que os pacientes ficam ansiosos diante da possibilidade de virem a ficar ansiosos. Por causa disso esses pacientes passam a evitar situações possivelmente facilitadoras da crise, prejudicando-se socialmente e/ou ocupacionalmente em graus variados. São pessoas que deixam de dirigir, não entram em supermercados cheios, evitam aventurar-se desacompanhadas pelas ruas, não conseguem dormir, não entram em avião, não freqüentam shows, evitam edifícios altos, não utilizam elevadores e assim por diante. De qualquer forma a mobilidade social e profissional de tais pacientes encontra-se prejudicada de alguma maneira.
Os pacientes com Transtorno do Pânico podem necessitar sempre de companhia quando saem de casa e, posteriormente, podem até se recusar a sair de casa devido ao medo de passar mal na rua, de morrer subitamente ou enlouquecer ou perder o controle de repente. Eles também citam, geralmente, um desejo de fugir urgente de onde quer que o ataque possa ocorrer. Algumas vezes podem apresentar ansiedade antecipada diante da possibilidade de ter que sair de casa. Normalmente esses pacientes têm muita dificuldade em dormir desacompanhados, procuram insistentemente o cardiologista e recorrem ao auxílio religioso com entusiasmo.
As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira via-sacra a diversos especialistas médicos e, após uma quantidade exagerada de exames médicos negativos, recebem o frustrante diagnóstico de que não têm nada, aumentando ainda mais a insegurança e desespero.
Durante as crises de Pânico alguns médicos tentam confortar o paciente fazendo-o entender que não está em perigo mas isso pode, inclusive, aumentar ainda mais sua angústia. Podem até julgar que o médico está sendo displicente e não estar valorizando devidamente seu grave estado. Portanto, quando o médico usa expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isso pode até piorar as dificuldades do paciente. Pode dar a falsa impressão de que não há problema real ou de que não existe tratamento Entretanto, na realidade a maioria dos médicos deveria dizer que não há nada de grave fisicamente ou organicamente mas sim, um sério problema emocional que deve ser tratado.
Depois de uma crise de Pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada, dentro de um elevador ou na fila do banco - a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados de fobias, a estas situações e, daí em diante, começa a evitar as circunstâncias supostamente capazes de desencadear novas crises. O nível de ansiedade e o medo de uma nova crise vão gradativamente aumentando, até atingir proporções em que a pessoa pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo de pôr o pé fora de casa. Desta forma, o distúrbio do Pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana da pessoa como qualquer outra doença grave.

INCIDÊNCIA E CAUSAS DE PÂNICO

No mundo inteiro existem pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico. De acordo com as pesquisas, de 2 a 4% da população mundial é acometida por este mal, o qual já é considerado um sério problema de saúde. O Pânico ou as diversas formas de Fobias é, certamente, uma das causas mais freqüentes de procura a psiquiatras e podemos considerá-lo o segundo lugar de todas as queixas emocionais, precedido apenas pela Depressão. Mesmo assim, é demasiadamente freqüente a associação do Pânico com a Depressão.
Qual seria a causa desse grande aumento do número de casos? Possivelmente deve-se ao aumento da ansiedade patológica na vida moderna. A cronificação dessa ansiedade patológica irá desencadear estados de stress continuado. Tanto eventos desagradáveis, profissionais ou extraprofissionais, quanto eventos agradáveis, também em ambos os campos, podem se constituir em agentes estressores: morte de ente querido, nascimento de filho, despedida ou promoção no emprego, casamento ou separação, todos são potencialmente estressores.
Sabemos hoje que a síndrome do Pânico está biologicamente associada a uma disfunção dos neurotransmissores a qual criaria um fator agravante na sensação de medo. De acordo com uma das teorias, o sistema de alerta normal do organismo - um conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja à alguma ameaça - é desencadeado desnecessariamente na crise de Pânico, sem que haja um perigo iminente a desencadeá-lo de fato, como naturalmente se espera da fisiologia normal do ser humano.
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores, responsáveis pela comunicação entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Daí o organismo desencadearia uma reação de alerta indevidamente, como se houvesse realmente uma ameaça concreta.
Seria isto, exatamente, o que ocorreria numa crise de Pânico: uma informação incorreta, decorrente de uma disfunção dos neurotransmissores, alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade e concretamente não existe. No caso do Distúrbio do Pânico os neurotransmissores que se encontram em desequilíbrio são os mesmos envolvidos na Depressão: a Serotonina e a Noradrenalina. Vem daí a idéia de aplicar-se ao transtorno do Pânico o mesmo tratamento medicamentoso da Depressão.

Constata-se também que o Pânico ocorre com maior freqüência em algumas famílias, significando haver uma participação importante de fatores hereditários na determinação de quem está sujeito ao distúrbio. Apesar dessa concordância, muitas pessoas desenvolvem este distúrbio sem nenhum antecedente familiar.
Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc.), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao Pânico.
  
 Bem, agora que você sabe do que se trata, e o que pode estar por trás dessa manifestação, sugiro-lhe algumas coisas:

1. Não fique aflito pensando que se trata de algo incurável. Tenho pacientes e  amigos que já tiveram crises brabas, mas que conseguiram, com o tempo, tratamento, terapia, e acompanhamento médico, voltar completamente à normalidade da vida.
2. O importante é saber o que deflagrou o processo. Há, certamente, causas de natureza psicológica por trás do pânico. Descobrir, e tratar com verdade, é essencial para a cura, ou para o controle da síndrome.
3. Não trate a pessoa como doente. Respeite a doença dela, mas não a lembre acerca disso. Ou seja: se houver clima, faça com ela tudo o que você faria em circunstâncias normais.

6. Peça a ela para ser bem honesta em relação ao que ela sente afetivamente, e a vida que ela leva. Muitas vezes as causas estão dentro do quarto ou no ambiente familiar. Daí um acompanhamento médico e psicoterapêutico ser fundamental, pois ela terá a chance de expressar essas angústias e ansiedades latentes.
Trate-a com calma e sem aflição.
A pessoa pode ficar completamente curada. os medicamentos serão úteis na crise, mas não são suficientes para a cura, visto que a cura se dará nas dimensões da alma; e nesse departamento os elementos químicos não fazem nenhum serviço duradouro.

Tratamento recomendado:

Consulte um Psiquiatra para diagnosticar e prescrever a medicação. Além disso, busque ajuda psicoterapeutica.

Credito:http://www.anadaraujo.com.br/detalheconteudo.asp?idconteudo=14

PSICANALISANDO > SÍNDROME DA ONIPOTÊNCIA AFETIVA - POR CAIO FÁBIO

PSICANALISANDO > SÍNDROME DA ONIPOTÊNCIA AFETIVA - POR CAIO FÁBIO
É o resultado de uma profunda insegurança essencial, e que se foca no significado do ser.



O QUE É ISSO?

É o resultado de uma profunda insegurança essencial, e que se foca no significado do ser.
Pode se apresentar como resultado de frustração amargurada; ou, também, como certeza de super-capacidades, pelas quais a pessoa se habitua a ser tratada de “dado modo”; sempre positivo e corroborativo.
Ora, ambas as coisas, embora venham por vias diferentes, como nascem da mesma fonte — insegurança — geram o mesmo resultado; a saber:
1. Necessidade de ser objeto de sentimentos absolutos. Um sentimento normal não atende essa alma. Ela está viciada na atenção total e em ser o objeto declarado e único do interesse das pessoas pelas quais ele se interessa ou ama. Com respeito àqueles aos quais o que sofre da síndrome não empresta importância relacional, ou com quem não tem vínculo de qualquer possível passionalidade — ele não sofre quando não recebe o aquilo a que já está acostumado: a atenção total.
2. Necessidade de ter na pessoa amada algo como se fosse exclusivo até mesmo antes do par em questão se conhecer. Desse modo, quem sofre dessa síndrome, sente ciúmes até do passado da pessoa amada. Assim como se a pessoa tivesse que ter tido que se guardar para a pessoa, ainda que não a conhecesse.
3. Muita manifestação de ciúme. No que diz respeito às relações sem significados importantes, o portador da síndrome, não sendo tratado com atenções exclusivas, em geral se torna indiferente. Mas no que tange a quem ele (a) ama, especialmente se amar na relação conjugal, a tendência será aparecer o desejo sufocante e passional de ter a atenção, os ouvidos, os desejos, as ambições, os sonhos e a alma da pessoa — como se ela tivesse que se fundir nele; não tendo mais nenhum interesse na vida que não seja a pessoa da síndrome.
4. A tendência, nesse caso, é se zangar com a pessoa que mais se ama. E isto nada tem a ver com ela; mas apenas com a “construção” de um modo como a pessoa da síndrome idealizou receber em termos de atenção, expressões, demonstrações, e até mesmo ouvindo o que a pessoa gosta de ouvir.
Ora, haveria muito mais a acrescentar, mas quero me concentrar na Síndrome de Onipotência na relação afetiva.
A Síndrome de Onipotência afeta toda a vida; e faz com que o caminho da sabedoria seja falsificado pela insegurança que se veste de demandas absolutas.
No casamento, tal síndrome pode afastar pessoas que genuinamente se amam. Pois, apesar do amor, a pessoa amada, por ser um indivíduo, nem sempre consegue agradar o portador da síndrome; e, assim, deflagram-se conflitos fundados em nada; exceto na fantasia de amor exclusivo em tudo, que a pessoa sofrendo desse mal exige — mas que, para uma pessoa normal, por mais que ame, pode ser de-mais; e, assim, fazendo com que ela não consiga atender a tais reclamos de dedicação divina feitas pelo ser que sofre da síndrome, sob pena de se sentir sem individualidade.
A Síndrome de Lúcifer é parecida com a Síndrome de Onipotência, mas tem sua concentração e foco em coisas de natureza espiritual; sendo algo profundamente narcisista; tipo narcisismo de anjo. Já a Síndrome de Onipotência, quando se foca no surto de divindade pessoal, se torna na Síndrome de Lúcifer.
Mas quando se atém aos aspectos de natureza relacional, afetiva e até profissional, o que fica caracterizado é o mal que chamamos de Síndrome de Onipotência.
Eu creio que somente o reconhecimento do mal, e, consequentemente, a entrega confiante da vida ao amor de Deus — é o que pode dar à pessoa a confiança que a fará crer que mesmo sem receber as atenções que gosta, tal não é o resultado de descaso, necessariamente; mas pode ser apenas lapsos naturais da percepção; ou, simplesmente, um escolha circunstancial de prioridade na atenção e na prioridade do tempo e do cuidado a serem dedicados na hora a um outro alguém em necessidade.
Porém, acima de tudo, a Síndrome de Onipotência é o nome psicológico do egoísmo que se tornou apaixonado pela paixão de ser permanentemente objeto de um sentimento tão focado objetivamente na pessoa, que qualquer distração ofende como se fosse uma blasfêmia contra a pessoa que padece desse mal.
Os portadores da Síndrome são capazes de amar. Mas o amor deles é tão dependente deles se sentirem amados; o que faz com que, frequentemente, a pessoa trate muito mal a quem mais ama.
Ninguém tem que se entregar a isto; se disso sofre. E quem ama a pessoa que sofre da síndrome, sem provocá-la de propósito (como se fora educação pedagógica), deve ser tão normal quanto seja a alegria de seu amor e atenção à pessoa. Mas não deve se diluir nas demandas de exclusividade inequívoca e não-distraível em relação ao ser sindromizado. Pois, assim, a pessoa amada dessa forma acaba por se diluir na sofreguidão de posse da pessoa sindromizada.
Quem sofre desse mal, e quando o sofre de modo afetivo e conjugal, sofrerá muito; e fará sofrer a quem ama e por quem é amado. A única coisa a fazer é entender, discernir, crer no diagnóstico, e, sobretudo, escolher enfrentar as angústias que a alma do “sofredor da síndrome” sente como desatenção, desinteresse ou provocação.
Sim, a única forma de enfrentar isto é com a razão, subjugando as emoções; e, acima de tudo, se é amado, crendo no amor de quem se ama e diz nos amar.
Somente entrega e confiança simples pode salvar alguém desse mal!
Trata-se de uma escolha! Mas o caminho não é fácil; embora se possa encontrar cura para esse mal.
Se houver decisão baseada no amor, e se a pessoa perseverar nele, o mal da “Síndrome” dará lugar ao amor sem medo, e que tem muito mais prazer em dar do em receber amor.

Nele, que subsistindo em forma de Deus, escolheu ser apenas um homem,

Creditos a:Caio Fábio

PSICANALISANDO > A AUTOPIEDADE

PSICANALISANDO > A AUTOPIEDADE
 

"O Auto-piedoso olha para sí no espelho e só vê um rio de lágrimas a correr sem destino ou paradeiro"...


A auto-piedade é uma das sensações mais silenciosas da nossa vida.
Na maioria das vezes é imperceptível, pois o auto-piedoso não pode perceber-se enredado por sí mesmo, e pelas artimanhas que envolvem este sentimento.
 Você já "chorou na frente do espelho", ao ver a sua própria imagem, sentindo pena de si mesmo?...muitos fazem isto, constantemente...e não sabem porque.

 É  um vicio instalado na alma.  Alimentamos o sentimento auto-piedoso, quando sustentamos um sentimento de inferioridade, causado pela insegurança.
É certo que como meio de defesa pessoal e natural, é comum que exista em nós uma certa dose de auto-piedade, mas isto se torna o nosso maior problema quando ultrapassa esta “ linha da normalidade” que é relativizada pelo impulso instintivo.
E qual é a linha da normalidade?
Se uma pedra for atirada em sua direção, você involuntariamente se protegerá. É o reflexo da auto-defesa. E trazendo isto para o campo das emoções ou dos sentimentos, observamos as mesmas reações instintivas de auto proteção sendo exacerbadas na auto-piedade.
Um exemplo disto: Uma pessoa que tem medo de ser traída, investirá tempo e energia procurando indícios do seu próprio medo como forma de auto-proteção.  É o caminho do reflexo natural. Quase inevitável
Visto que a "pena de si mesmo" é um sentimento intrínseco a natureza humana,  devemos saber que traumas, desafetos, abandonos, dores da alma, corações partidos, humilhações, e muitas outras coisas, costumam fazer parte da implantação da auto-piedade em nós, além da linha da normalidade.
Algumas vezes, um abuso sexual na infância, que sempre foi um grito calado na garganta, pela vergonha e humilhação de contar a família, pelo medo  de ser estigmatizado e culpado  e permanece emudecido pela  possibilidade de olhar nos olhos de cabeça erguida, leva-nos a viver  “alisando as próprias penas”, ou sendo verdugos  de nós mesmos. 
As vezes um abandono por parte de um "amor-alguém" pode alimentar isto pelo resto da vida se tornando auto-piedade amargurada. 

Neste sentido, a auto-piedade  pode ser considerada como  um sentimento natural, quando está dentro dos limites instintivos.  Porém a auto-piedade é um sentimento que cresce,  e quanto mais vai sendo alimentado, deixa de ser apenas instintual, para ser vício que adoece e paraliza.

Olhe para  dentro e observe quantas vezes você se torna a vítima de situações que na verdade não deveriam ser tão importantes?
Um olhar que não foi correspondido por alguma distração da outra pessoa, uma palavra não correspondida no momento esperado, uma atenção dividida com outros, por parte de alguem que você ama, etc. O que isto tem provocado em você?... Vitimização?...pena de sí?....Como você reage a estas coisas? Chora?...muda de humor?...Olha pela “janela cinza” da sua existência?....Examine-se a sí mesmo e responda somente para você.
Para superar a autopiedade, em primeiro lugar é necessário olhar para si, como quem se olha de fora, ou como quem pode se auto-analisar.
 É importante saber  que os  nossos  valores não devem ser obtidos pelo critério do julgamento de outros, mas pelo  sabemos   a nosso respeito  pelo  que  conhecemos  de nossas capacidades pessoais .  
 Nós somos de fato o único que poderemos  mudar  o que temos chamado de peso, dores e sofrimentos  em nossa vida e destino .   E o curioso é que quanto mais acreditamos que somos capaz, mais nos tornamos realmente.

Se eu  me  conheço e sei do que sou capaz, eu poderei  avaliar que valores eu carrego em mim. Isto deve bastar para possibilitar  que vivamos  a vida em completude e realização.
Lembre-se sempre que o autoconhecimento é o caminho para a realização pessoal e pode salvá-lo dos laços da auto-piedade.
Faça uso do seu  " espelho imaginário " , enxugue suas lágrimas e sorria para ele com alegria e contentamento , sem a máscara imobilizadora da auto-piedade   


Creditos a psicanalista: http://www.anadaraujo.com.br/detalheconteudo.asp?idconteudo=17

PSICANALISANDO > TDAH OU DDA EM ADULTOS

PSICANALISANDO > TDAH OU DDA EM ADULTOS
Tenho andado distraído, Impaciente e indeciso e ainda estou confuso, Só que agora é diferente: Sou tão tranquilo e tão contente...




Adulto TDAH ou DDA



“Tenho andado distraído, Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso, Só que agora é diferente:
Sou tão tranqüilo e tão contente”...

O Transtorno do Déficit de Atenção, com ou sem hiperatividade, tem sido diagnosticado cada vez mais frequentemente nos consultórios psiquiátricos. Mas o que é exatamente o TDAH? Como ele se manifesta?


"Conseqüência de um defeito genético que prejudica o funcionamento da região pré-frontal do cérebro, responsável por regular os impulsos e filtrar as informações que a mente processa. As pessoas ficam desprovidas dessa espécie de válvula cerebral e, assim, começam a apresentar alguns traços particulares de comportamento. Os mais freqüentes são a dificuldade de organização e concentração (tendem a fazer várias coisas ao mesmo tempo), impulsividade nas relações pessoais e, em muitos casos, a hiperatividade – que pode ser traduzida como uma necessidade irresistível de movimento." (Cf. Associação Brasileira do déficite de Atenção)



 Apesar de ser muito comum falar deste assunto em nossos dias, o TDAH não se trata de um “modismo”.

Em 1902, George Stil, médico inglês, fez a primeira descrição do comportamento de um portador de TDAH. Porém, por muito tempo, este  transtorno foi atribuído somente a crianças e não a adultos, como hoje tem sido em índices cada vez mais crescentes.



Sabemos hoje que o TDAH é uma disfunção neurobiológica, em sua grande maioria de causa genética, e que persistirá por toda a vida do indivíduo, mas que pelo meio de tratamento e medicação, o portador do Déficite de atenção, poderá experimentar vida normal, sem grandes conseqüências.



O TDAH se caracteriza basicamente por 3 sintomas:

Desatenção, Impulsividade e Hiperatividade, ou seja... São 3 as formas de apresentação do TDAH : predominantemente Hiperativo - Impulsivo, Combinado e predominantemente Desatento.



De maneira prática, o portador de TDAH encontra grande dificuldade de aprendizado, não por alguma limitação intelectual, mas por não conseguir manter o foco de atenção em nada do que faz. Além disto, costumam ser muito criticados por parentes, cônjuges e pessoas próximas, por não cumprirem tarefas simples, rotineiras e por muitas vezes demonstrarem profundo desânimo em progredirem, seja na escolha de uma profissão, como também em serem pessoas de “iniciativas” para coisas mais básicas do cotidiano.

Dificilmente um TDAH dá continuidade a uma conversa, pois sua mente funciona em círculos, e nada pode deter seus pensamentos em concentração ou foco.



Em alguns casos, o portador do TDAH é um forte candidato a críticas, por nunca continuar nada do que começou e demonstrar desinteresse total em cooperar com aqueles que estão a sua volta.



O TDAH é um transtorno que costuma vir acompanhado de co-morbidades, pois além das 3 características citadas acima, outros sintomas podem acometê-lo fortemente., como por exemplo, depressão, ansiedade e pânico, tiques nervosos, euforia demasiada,

Irritabilidade extrema, transtorno de humor borderline e bipolaridade, dixlexia ou distúrbios da fala, transtorno compulsivo, (impulso por compras, hipersexualidade, uso abusivo de drogas, ou transtornos alimentares, etc).





Características predominantes no comportamento do adulto DTAH:



(Cf. http://www.psicologiananet.com.br/tdah-em-adultos-principais-sintomas-e-caracteristicas-do-tdah-em-adultos-oito-caracteristicas-que-podem-indicar-o-transtorno-de-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-em-adultos/1471/)



Alguns sintomas e características do TDAH podem ser mais facilmente identificados considerando os oito fatores que incluem o transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em Adultos a saber:

1. Desatenção: Os adultos portadores de TDAH apresentam dificuldades para se concentrar em várias coisas. No trabalho encontram problemas para permanecer focados em uma determinada tarefa e por vezes não conseguem finalizá-la. Em casa podem não ter controle dos afazeres domésticos e passam de um projeto a outro sem terminar nenhum deles. Em situações sociais podem sofrer grande constrangimento por não conseguirem se concentrar em conversas e provocarem no outro a sensação de desinteresse e tédio.

2. Impulsividade: Em adultos é mais restrita que em crianças. Em situações sociais onde as demais pessoas não são muito conhecidas, os portadores de TDAH se forçam a manter o autocontrole, mas sentem um imenso desconforto devido ao medo constante do que podem fazer ou dizer. Quando a situação envolve pessoas conhecidas, esses adultos muitas vezes mostram uma tendência a interromper os outros, deixam escapar comentários inadequados, falam muito alto ou até mesmo gritam.

3. Dificuldade em esperar ser atendido: Tem relação com a impulsividade. Este traço provoca a sensação de impaciência e intensa frustração no portador de TDAH quando ele precisa esperar e pensar. O adulto portador também pode demonstrar impaciência para tarefas cotidianas, tais como controlar um talão de cheques, preencher e arquivar formulários, pagar contas, administrar dinheiro e cartões de crédito ou até mesmo ler uma revista.

4. Superexcitação emocional: Os adultos com TDAH apresentam acessos de mau humor de forma mais restrita quando estão em público do que crianças, no entanto estes ainda podem ser intimidadores para as outras pessoas. No trabalho estes adultos podem causar a impressão de serem mal-humorados e irritáveis. Em casa, o mau humor atinge o cônjuge e os filhos. No caso de pais portadores de TDAH que têm filhos também portadores do transtorno, é possível que o quadro deste último seja agravado em virtude da baixa tolerância do primeiro.

5. Hiperatividade: A hiperatividade motora bruta pode ser substituída por uma agitação ou inquietação geral e em alguns adultos a hiperatividade assume uma forma verbal.

6. Desobediência: Na fase adulta, portadores de TDAH apresentam menos problemas em seguir regras e isto pode ser devido ao fato de que como adultos enfrentam menos situações nas quais outros têm de lhe dizer o que fazer. No entanto, estudos indicam que até 25% dos adultos com TDAH podem ter sérios problemas de conduta anti-social.

7. Problemas sociais: Muitos adultos com TDAH sentem-se isolados e solitários, pois para alguns deles é difícil manter relacionamentos de longa duração, principalmente devido ao mau humor freqüente e comportamento “mandão”.

8. Desorganização: Os adultos portadores podem ter problemas com datas, horários e compromissos. No trabalho, tende à procrastinação de tarefas que julgam desinteressantes e/ou desagradáveis, o que pode causar significativas confusões e constrangimentos.



IMPORTANTE:



O diagnóstico do TDAH deve ser feito pelo Médico psiquiatra ou pela Neuropsiquiatria. A medicação mais utilizada hoje o Brasil para o transtorno do déficit de atenção é a Ritalina LA, que tem obtido bons resultados para que o portador do transtorno tenha vida equilibrada e satisfatória.



As psicoterapias estão indicadas nos casos de TDAH apenas como contribuição para que o portador do transtorno consiga manter o foco e voltar a acreditar na sua capacidade de superação.



Comportamento familiar:



É importante que a família ou cônjuje de um portador do TDAH, tenha consciência de que ele não funcionará sobre pressão, e que cobranças de mudanças comportamentais somente aumentarão o grau de ansiedade e baixa-estima.

O melhor procedimento é que o portador da síndrome se sinta acolhido, compreendido, e amado... e que nos períodos de maior desatenção, seja tratado com paciência e compreensão. No entanto, o distúrbio não deve funcionar para o portador como "álibe ou desculpa"  para a acomodação  ou  para justificar todo e qualquer comportamento. A familia deve incentiva-lo ao tratamento.



** Se você perceber estes sintomas descritos acima, procure um profissional sério de sua confiança para diagnosticar corretamente.


Creditos a psicanalista: http://www.anadaraujo.com.br/detalheconteudo.asp?idconteudo=113